Internado desde o último domingo (1º) no Real Hospital Português, na Capital pernambucana, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado
Guilherme Uchoa (PSC), faleceu na madrugada desta terça (3), em razão da reincidência de edema pulmonar agudo seguido de parada cardíaca. Deixa mulher, Eva, e dois filhos, Guilherme Júnior e Giovana. O velório do parlamentar será realizado a partir das 10h desta terça, no Edifício Governador Miguel Arraes de Alencar, na Alepe. O sepultamento ocorrerá em Igarassu. O governador do Estado, Paulo Câmara, decretou cinco dias de luto oficial.
Natural de Timbaúba, na Zona da Mata Norte, Guilherme Aristóteles Uchoa Cavalcanti Pessoa de Melo tinha 71 anos e exercia o sexto mandato parlamentar, ocupando a Presidência do Legislativo pernambucano pela sexta vez consecutiva. No comando da Casa Joaquim Nabuco, foi governador em exercício do Estado por cinco vezes, em razão de viagens dos ex-governadores Eduardo Campos e João Lyra Neto e do atual governador Paulo Câmara.
Juiz de direito aposentado, Uchoa foi responsável por iniciativas de modernização do Parlamento pernambucano, a exemplo da construção do Edifício Governador Miguel Arraes de Alencar, que abriga o novo Plenário da Alepe. Na gestão de Uchoa, também foi erguido o anexo do prédio-sede que abriga os gabinetes parlamentares, a Primeira Secretaria e a Presidência, dando início à transformação do Palácio Joaquim Nabuco em museu e espaço de atividades culturais.
Também na sua administração foi iniciada a reforma do edifício anexo onde funcionam os setores administrativos da Alepe. Uchoa elencou como prioridade de sua gestão a estruturação da TV Alepe e sua expansão para o Interior do Estado; lançou concurso público em 2014 para provimento de cem cargos efetivos, e realizou ações de valorização dos servidores.
O parlamentar representou a Alepe em ações importantes junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), como as que concederam liminares favoráveis a duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) ajuizadas pela Casa. Uma delas foi contra a redução do número de cadeiras no Parlamento Estadual e a outra questionou a legalidade do formato da cobrança das taxas dos terrenos de marinha.
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), era também formado em História (Licenciatura Plena) pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru. Uchoa foi escrivão da Polícia Civil e aposentado como juiz de Direito, tendo atuado nas Comarcas de Palmeirina, Angelim, Riacho das Almas, Caruaru, Cumaru, Goiana, Olinda e do Recife.
Com informações Agência Alepe.