OS ODS na vivência dos municípios

6 de março de 2018

O 5º Congresso Pernambucano de Municípios, promovido pela Amupe, terá como tema os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Meta Global, Ação Municipal. Envolver os municípios na Agenda 2030 é o principal objetivo, uma vez que todos, sem distinção, já trabalham, de alguma forma, com esta agenda. A ideia é alinhar as ações municipais com as metas propostas pela ONU, de forma que todos possam alcança-las.

Para tanto, iniciaremos uma série de matérias sobre os 17 ODS, lincando com as ações municipais. Convidamos os municípios a interagirem conosco e aproveitar o espaço para divulgar suas ações nos objetivos que mais se destacarem.

ODS 1 – ERRADICAÇÃO DA POBREZA

Clique AQUI para conhecer todas as metas desse Objetivo

Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. Esta é a meta principal do ODS 1. Em 2000, o mundo se comprometeu em reduzir pela metade o número de pessoas vivendo na extrema pobreza. Tivemos um grande avanço, especialmente no Brasil que foi destaque mundial, sendo um dos países com melhor desempenho nessa meta: reduziu de 22,5% para 3,5% o número de pessoas vivendo em pobreza extrema. O desafio agora é reduzir a pobreza e não apenas a extrema.

Até 2030, o que se quer garantir é que “todos os homens e mulheres, particularmente os pobres e vulneráveis, tenham direitos iguais aos recursos econômicos, bem como acesso a serviços básicos (…)” Meta 1.4. Para os municípios o desafio é enorme, de acordo com Penélope Regina, presidente do Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social (Coegemas-PE), o papel da Secretaria de Desenvolvimento Social é justamente garantir os direitos, “quando a gente garante um benefício como o bolsa família é o acesso a renda, para que ela possa ter um mínimo de autonomia financeira, mas não queremos que o usuário fique eternamente na política de assistência, a gente precisa construir com ele projetos de vida que ele possa ter uma perspectiva de autonomia, para isso ele é encaminhado para saúde, educação, cursos, então nesse aspecto, a política de assistência é uma ferramenta preciosa na redução da pobreza”, explica.

É o caso de Jurema, município do agreste, distante 193 km da capital pernambucana com sua Casa de Cursos. O projeto existe desde 2008 e desde então já capacitou mais de 5 mil pessoas, incluindo moradores de municípios vizinhos, como Lajedo, Ibirajuba, Canhotinho e Calçado. Entre os cursos oferecidos, administração para comerciantes, bombeiro hidráulico, turismo rural, manutenção de computador, além de diversas opções na área de culinária e artesanato. Para tanto, a prefeitura fez parceria com diversas instituições como CDL, Sistema S (Senar, Senac, Senai, Sebrae…), empresas e outros.

Para o coordenador do projeto, Gerimário Melo, a satisfação é poder colaborar com a formação de diversos profissionais para o mercado de trabalho. “Todo mundo sai ganhando, durante esse período foi possível pactuar grandes ações com grandes empresas e colocar no mercado profissionais preparados. Nosso objetivo é ser um polo de referência da promoção social no agreste meridional”, afirmou.

O projeto tem mudado vidas, como a de Maria do Céu Nascimento, que alcançou a independência financeira produzindo artesanato macramê. “Hoje eu faço todos os produtos de cama e mesa e vendo pra toda a região, já tenho cliente até em São Paulo! Também fiz o curso de corte e costura para melhorar o acabamento das peças. Minha história mudou totalmente!”, atesta, feliz, a ex-agricultora e agora empresária.

No 5º Congresso Pernambucano de Municípios, o ODS 1 será tratado na oficina “Orientações Técnicas sobre o uso dos Recursos do Fundo Municipal Da Assistência Social”. A política do SUAS é um tema ainda relativamente novo para os municípios, muitos tem recursos no Fundo Municipal de Assistência Social mas não sabem como utilizar. Serão convidados para o tema representantes do Coegemas, Governo Estadual e do Fundo Nacional de Assistência Social.

ODS NA PRÁTICA, O QUE EU POSSO FAZER?

CASAS E COMUNIDADES

  • Ser solidário e voluntário em causas sociais
  • Aliar-se a projetos sociais e apoiar as organizações não governamentais
  • Doar alimentos, objetos e outros bens descartáveis

NAS ESCOLAS E UNIVERSIDADES

  • Participar de ações de extensão universitária
  • Participar do Projeto Rondon
  • Fomentar os universitários nas causas sociais nas comunidades carentes

NO TRABALHO

  • Ofertar cursos de empreendedorismo;
  • Fomentar os negócios sociais, negócios verdes, solidários e a economia inclusiva;
  • Criar tecnologias acessíveis às populações mais pobres;

NOS MUNICÍPIOS

  • Apoiar a geração alternativa de renda;
  • Fomentar o Microempreendedor Individual – MEI ;
  • Empoderar as mulheres que vivem com menos de US$ 1,25 por dia;
  • Buscar fontes de recursos para o desenvolvimento do município;
  • Desenvolver novas tecnologias apropriadas e serviços financeiros, incluindo microfinanças;

(Da Cartilha Objetivos Globais para o Desenvolvimento Sustentável, organizada pelo Movimento Nacional ODS Nós Podemos Paraná)

E VOCÊ? O QUE FAZ PELOS ODS?

Compartilhe conosco sua experiência, especialmente os municípios, participe através de nossas redes sociais, ajude-nos a divulgar práticas exitosas que contribuem para o alcance dos ODS.

 


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