O associativismo como solução – Estados do Nordeste vão criar consórcio para reduzir gastos

12 de março de 2019

Diz a sabedoria popular que tempos de crise são os melhores para unir pessoas e instituições em prol de um objetivo comum, que ajude a amenizar a dor de todos. Nessa lógica, os nove governadores do Nordeste vão recorrer a uma alternativa que já é referência entre os municípios pernambucanos, e que tem auxiliado os prefeitos daqui a encontrarem soluções para seus intermináveis gargalos: o associativismo. Na próxima quinta-feira, no Palácio dos Leões, em São Luís, Maranhão, será assinado por esses gestores o protocolo de criação do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, ou Consórcio Nordeste, como já se convencionou a chamar.

Com a iniciativa, eles terão a possibilidade de firmar parcerias objetivando otimizar e economizar os recursos empregados na administração pública. Via consórcio, poderão ser feitas compras compartilhadas entre os estados, reduzindo os custos de produtos e serviços – a aquisição de medicamentos e de material escolar com preços mais acessíveis são exemplos de sucesso dessa experiência. Além de parcerias em áreas como segurança pública; administração prisional; desenvolvimento socioeconômico; infraestrutura; meio ambiente; tecnologia e inovação, só para citar as mais recorrentes.

A prática não é novidade em Pernambuco. Aliás, somos referência no assunto. Temos, hoje, 13 consórcios funcionando no estado; 12 no âmbito regional e um no estadual: o Consórcio de Municípios Pernambucanos (Comupe), presidido pelo prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota, que também dirige a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Integram o colegiado, além de Afogados, as cidades de Águas Belas, Arcoverde, Bezerros, Buenos Aires, Chã de Alegria, João Alfredo, Lagoa Grande, Moreno, São Bento do Una e Serra Talhada.

Utilizando a ferramenta da compra compartilhada, o Comupe já conseguiu baixar em 30% os preços de medicamentos pagos pelas prefeituras. Esses recursos poderão ser investidos em outras políticas públicas. Temos um case de sucesso que, certamente, servirá de referência para o Consórcio Nordeste. Palmas para os governadores da região, que, por sinal, dão mostras todos os dias de que vão caminhar unidos neste próximo quadriênio. Melhor para o Nordeste e seu povo, que já sofre muito preconceito por parte do “Sul Maravilha” e da União.

Por Arthur Cunha – especial para o blog do Magno Martins







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