Nos últimos anos, Pernambuco enfrentou uma grave crise no aumento de casos de doenças endêmicas. Para melhor combater esse mal, foi necessário que o Estado investisse em ciência para promover estudos avançados e obter um diagnóstico preciso do que é a dengue, a febre zika e a febre Chikungunya, para só assim, promover ações pontuais e investimentos em prevenção e tratamento desses males.
Para compartilhar ações que alguns municípios vêm promovendo, a Amupe elaborou, dentro do Seminário dos Municípios Pernambucanos, a mesa de debate “Vida Saudável para as pessoas: o combate às doenças endêmicas superou a expectativa de participantes”, que teve como palestrantes o secretário estadual de saúde, André Longo, o presidente do COSEMS, Orlando Jorge e a assessora da secretária de saúde de Palmares, Sylmara Leite. Além do economista e ex-prefeito de Bonito, Laércio Queiroz, que fez a mediação do debate.
O secretário de Saúde do Estado, André Longo abriu os debates destacando ações do Governo no combate às arboviroses e doenças negligenciadas. Longo defendeu o engajamento dos entes públicos para sensibilização da sociedade no enfrentamento às arboviroses. “Pernambuco registra neste ano um aumento de mais de 100% nos casos de arboviroses. Mesmo em alerta, a situação é melhor do que o cenário do Brasil, que observa um aumento médio de 500% nas demais unidades da Federação. Mas isso não é um dado a se comemorar e, por isso, o Governo do Estado vem trabalhando intensamente para conter os casos” , pontuou.
“O combate às arboviroses deve ser um trabalho integrado da Saúde em todas suas frentes, com diversos outros entes governamentais e da sociedade civil. Neste ano, cerca de R$ 8 milhões estão sendo investidos pelo Governo Paulo Câmara para o trabalho relacionado ao Aedes aegypti, o dobro do valor de 2018″, destacou o gestor estadual.
A assessora da Secretaria de Saúde de Palmares Sylmara Karine Leite mostrou a experiência que realiza em Palmares, com o reuso de pneus para peças de artesanato, hortas, praças, pontes e até telhados de casa, o que diminuiu em 80% a proliferação dos mosquitos Aedes Aegypti, transmissores da dengue, da zika e da febre chikungunya.
Além dessas ações, Sylmara Leite promove o trabalho rotineiro de educação e saúde nas escolas por meio de inserções na sala de aula e de passeatas. “As pessoas já estão ficando conscientes e abraçando a causa. Em Palmares, tem 16 borracharias e era um foco muito forte de dengue”, exemplifica Sylmara. Um exemplo que pode ser replicado em todas as cidades.
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