Visitar 108 mil domicílios – em mais de 2 mil Municípios de todo o país – com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 é o objetivo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para isso, de agosto deste ano a fevereiro de 2020, os dados serão coletados por cerca de 1,5 mil agentes do Instituto. A previsão inicial é divulgar os primeiros resultados em 2021.
Realizada em convênio com o Ministério da Saúde e em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a pesquisa levantará informações sobre a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e a população com incapacidades físicas, além de indicadores relativos ao estilo de vida – sedentarismo, tabagismo, dieta, consumo de álcool – e à saúde bucal.
Também fazem parte do mapeamento investigações sobre casos de violência, realização de exames preventivos e a percepção da população sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa propõe coletar dados antropométricos – peso e altura – de um dos moradores dos domicílios visitados, para detectar a incidência de obesidade e estabelecer as medianas de peso e altura da população.
Em relação ao questionário anterior, a PNS 2019 inclui novos temas, como paternidade, participação masculina no pré-natal e condições de trabalho. Outra novidade é o módulo sobre atividade sexual, que será aplicado aos moradores maiores de 18 anos. Há perguntas sobre o uso de preservativos e a idade em que a pessoa teve sua primeira relação.
Ciclo
A previsão é que a pesquisa seja realizada a cada cinco anos, com detalhamento nos níveis Brasil, grandes regiões, unidades da federação, regiões metropolitanas que contenham os Municípios das capitais. A PNS foi promovida pela primeira vez em 2013, e dá continuidade a um ciclo de investigações realizadas a cada cinco anos, desde 1998, com os suplementos de saúde da antiga Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
A Pesquisa Nacional de Saúde também é uma ferramenta fundamental para subsidiar a avaliação das ações e serviços de saúde e orientar o planejamento da saúde. Neste sentido, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) orienta que os gestores locais divulguem aos seus munícipes e apoiem a realização da pesquisa no âmbito dos seus territórios.
Da Agência CNM de Notícias, com informações do IBGE
Foto: Arquivo/Agência Brasil