Gestores municipais podem desenvolver ações de promoção à saúde mental durante a campanha nacional Setembro Amarelo, recomenda a Confederação Nacional de Municípios (CNM). A entidade lembra o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, a ser memorado em 10 de setembro, e aconselha as prefeituras a tratarem do assunto por meio das secretarias de educação, saúde e assistência social. Outra dica é o uso do laço amarelo para impulsionar o debate.
A cor símbolo do sol também faz alusão à vida, à prosperidade e à felicidade. Ela foi escolhida para chamar atenção da população para a importância do diálogo e da prevenção ao suicídio, à depressão e a outros indicativos que podem levar a essa prática, como tristeza, isolamento, dores e sentimento de inutilidade, choro sem razão aparente e ideias de morte. O símbolo da campanha – a flor girassol – faz alusão à busca constante por luminosidade.
Desde 2015, a campanha é promovida pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Com o tema Falar é a Melhor Solução, a iniciativa deste ano foca as medidas preventivas e de quebra do tabu que envolve o assunto. Também as dificuldades na identificação de sinais, os preconceitos envoltos nos transtornos mentais, a falta de informação e a busca por ajuda.
Temas
O uso do álcool entre crianças e adolescentes – que é crime e mata – também pode ser abordado durantes as atividades. Outra perspectiva a ser trabalhada durante a campanha nacional de 2019 é Na Direção da Vida – Depressão sem Tabu, que contará com apoio de músicos, esportistas e influenciadores digitais que já passaram ou passam pelo problema, dividindo suas experiências. Por meio das redes sociais, o tema será impulsionado pela #depressaosemtabu.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que, a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do nosso planeta. E o Brasil é o país com maior porcentual de casos de depressão na América Latina, chegando a 5,8% da população, o que corresponde a 12 milhões de pessoas. O Ministério da Saúde (MS) contabilizou 11.433 mortes por suicídio em 2016, uma média de um caso a cada 46 minutos. O problema é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Nove a cada dez pessoas que cometem suicídio tinham algum transtorno psiquiátrico.
Dicas
Diante dos números e da importância do assunto, a CNM recomenda a promoção da campanha e orienta os gestores locais a adotarem, pelo menos, medidas simples, como:
• Abordar o sofrimento e outras adversidades – bullying e cyberbullying, depressão, relações familiares conturbadas – com os alunos da rede municipal de ensino e as famílias;
• Promover palestras, rodas de conversa e debates com a população por meio dos centros de saúde, dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e das Unidades Básicas de Saúde (UBS);
• Divulgar o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece atendimento sigiloso, voluntário, gratuito, 24 horas por dia, por meio do número de telefone 188, e-mail, voip (ligações pela internet); chat on-line e/ou Skype;
• Fixar cartazes com orientações sobre a importância de identificar pessoas sob riscos, de respeitar e levar a sério a dor e o sofrimento do outro, de demostrar interesse e de aponta os equipamentos de saúde disponíveis para atendimento; e
• Divulgar campanha Setembro Amarelo, orientações e informações básicas sobre os sintomas, a prevenção ao suicídio e a Rede local de Atenção à Saúde, por meio das equipes de saúde da família e agentes comunitários de saúde.
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Por Raquel Montalvão, com informações da EBC e do MS
Foto: Divulgação
Da Agência CNM de Notícias